Maiores Dificuldades da Língua Portuguesa - Lista de Clippings
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Dificuldades mais comuns encontradas no estudo da Língua Portuguesa e dicas para você se preparar para provas de vestibular e concursos públicos
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06/12/2019 13:42 |
Erros de português frequentes no mundo corporativo
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08/12/2017 11:36 |
língua mãe ou língua-mãe
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![]() ![]() Quando usamos duas palavras que transmitem um significado único, geralmente se usa o hífen entre elas. Havendo dúvidas, consulta-se o Vocabulário Ortográfico da Língua Portuguesa que pode ser acessado no site da ABL. Veja os resultados nas imagens abaixo. Reposta: língua-mãe. |
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18/07/2017 17:06 |
Como abreviar a palavra atenciosamente
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18/07/2017 16:50 |
Interviu ou interveio
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28/01/2017 22:12 |
Estudando Português - Concordância Verbal e Nominal
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17/11/2016 11:13 |
Salário mínimo e salário-mínimo
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![]() ![]() Tratando-se da remuneração estabelecida em lei, não se usa o hífen: A presidenta anunciará o novo valor do salário mínimo. Segundo os dicionários e a Academia Brasileira de Letras, salário-mínimo(com hífen) significa "o trabalhador que percebe um salário mínimo": O salário-mínimo (=o trabalhador) fez greve para receber pelo menos dois salários mínimos. |
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18/07/2016 23:33 |
Informe sua Dúvida
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11/01/2016 22:31 |
Os famosos pleonasmos
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![]() ![]() Quase todos os portugueses sofrem de pleonasmite, uma doença congénita para a qual não se conhecem nem vacinas nem antibióticos. bastante) quem convive com o paciente. O sintoma desta doença é a verbalização de pleonasmos (ou redundâncias) que, com o objectivo de reforçar uma ideia, acabam por lhe conferir um sentido quase sempre patético. Definição confusa? Aqui vão quatro exemplos óbvios “Subir para cima”, “descer para baixo” , “entrar para dentro” e “sair para fora”. Já se reconhece como paciente de pleonasmite? Ou ainda está em fase de negação? Olhe que há muita gente que leva uma vida a pleonasmar sem se aperceber que pleonasma a toda a hora. Vai dizer-me que nunca está atento aos “pequenos detalhes”? E que nunca partiu uma laranja em “metades iguais”? Ou que nunca deu os “sentidos pêsames” à “viúva do falecido”? Atenção que o que estou a dizer não é apenas a minha “opinião pessoal”. Baseio-me em “factos reais” para lhe dar este “aviso prévio” de que esta “doença má” atinge “todos sem excepção”. O contágio da pleonasmite ocorre em qualquer lado. Na rua, há lojas que o aliciam com “ofertas gratuitas”. E agências de viagens que anunciam férias em “cidades do mundo”. No local de trabalho, o seu chefe pede-lhe um “acabamento final” naquele projecto. Tudo para evitar “surpresas inesperadas” por parte do cliente. E quando tem uma discussão mais acesa com a sua cara-metade, diga lá que às vezes não tem vontade de “gritar alto”: “Cala a boca!”? O que vale é que depois fazem as pazes e vão ao cinema ver aquele filme que “estreia pela primeira vez” em Portugal. E se pensa que por estar fechado em casa ficará a salvo da pleonasmite, tenho más notícias para si. Porque a televisão é, de“certeza absoluta”, a “principal protagonista” da propagação deste vírus. Logo à noite, experimente ligar o telejornal e “verá com os seus próprios olhos” a pleonasmite em directo no pequeno ecrã. Um jornalista vai dizer que a floresta “arde em chamas”. Um treinador de futebol queixar-se-á dos “elos de ligação” entre a defesa e o ataque. Um “governante” dirá que gere bem o “erário público”. Um ministro anunciará o reforço das “relações bilaterais entre dois países”. E um qualquer “político da nação” vai pedir um “consenso geral” para sairmos juntos desta crise. E por falar em crise! Quer apostar que a próxima manifestação vai juntar uma “multidão de pessoas”? Ao contrário de outras doenças, a pleonasmite não causa “dores desconfortáveis” nem “hemorragias de sangue”. E por isso podemos “viver a vida” com um “sorriso nos lábios”. Porque alguém a pleonasmar, está nas suas sete quintas. Ou, em termos mais técnicos, no seu “habitat natural”. Mas como lhe disse no início, o descontrolo da pleonasmite pode ser chato para os que o rodeiam e nocivo para a sua reputação. Os outros podem vê-lo como um redundante que só diz banalidades. Por isso, tente cortar aqui e ali um e outro pleonasmo. Vai ver que não custa nada. E “já agora” siga o meu conselho: não “adie para depois” e comece ainda hoje a “encarar de frente” a pleonasmite! Ou então esqueça este texto. Porque, afinal de contas, eu posso estar só “maluco da cabeça”! |
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08/01/2016 22:04 |
Guia Rápido para Aplicação do Novo Acordo Ortográfico
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![]() ![]() 1. Introdução O presente Guia tem como objetivo apresentar e contextualizar as mudanças provocadas na ortografia usada pelo Acordo Ortográfico da Língua Portuguesa e dar a conhecer os recursos existentes para apoio à sua aplicação. O Acordo Ortográfico resultou de um consenso entre os diferentes países de língua oficial portuguesa - além de Portugal, também Angola, Brasil, Cabo Verde, Guiné-Bissau, Moçambique, São Tomé e Príncipe e Timor-Leste -, harmonizando as regras de escrita seguidas em todo o espaço da CPLP. O documento foi assinado por todos estes países em 1990, razão por que é conhecido por Acordo Ortográfico de 1990. Estrutura deste Guia Para aplicar um acordo ortográfico não basta aprovar um documento legal, por inerência de natureza técnica e carente de interpretação. É necessário criar instrumentos, como este Guia, que façam e sigam uma interpretação homogênea do documento legal, permitam a adaptação rápida e não onerosa de recursos existentes à nova grafia e facilitem a sua aprendizagem e aplicação. Para começar, no entanto, importa descrever e apresentar o que muda com o Acordo Ortográfico, esclarecendo, em seção própria, o que não muda. 2. O que muda As alterações provocadas pela reforma que agora entra em vigor vêm simplificar e sistematizar vários aspectos da ortografia do português e eliminar algumas exceções, harmonizando as regras de escrita seguidas nos diferentes países e territórios em que o português é língua oficial. Como o nome do acordo indica, apenas a ortografia é alterada, continuando a pronúncia e o uso das palavras a ser o mesmo. Por outro lado, o Acordo Ortográfico apenas uniformiza as regras de escrita, e não a forma de todas as palavras. Continuam, como tal, a existir diferenças entre a forma como se escreve em diferentes países, sempre que as regras o permitam e a variação existente a isso obrigue. Não são também alvo de uniformização formas isoladas que tradicionalmente, sem que seja por ação de uma regra, têm escritas diferentes nos vários países em que o português é falado. As alterações afetam os seguintes aspectos: >> algumas palavras que anteriormente escrevíamos com maiúscula inicialpassam, agora, a escrever-se obrigatoriamente com inicial minúscula e e alargado o uso opcional de minúsculas e maiúsculas iniciais; >> são eliminados os acentos em alguns casos que constituíam exceção; >> são eliminadas algumas consoantes mudas que não pronunciamos mas tínhamos que escrever; >> alguns aspectos da utilização do hífen são sistematizados. Nas páginas seguintes, são explicadas as mudanças em cada um destes aspetos da ortografia do português. Cada mudança é exemplificada com palavras que são afetadas pelas alterações agora introduzidas, sendo sempre indicada a forma nova que assumem. Após apresentação do que é alterado, são assinalados também casos em que a ortografia não muda, de modo a esclarecer eventuais dúvidas. No final é apresentada uma lista para consulta rápida das palavras de uso frequente cuja grafia é alterada. Uso de maiúsculas e minúsculas >> setembro, verão, fulano Passam a escrever-se com letra minúscula inicial todos os nomes de calendário, à semelhança do que já acontecia com os nomes dos dias da semana. Escrevem-se agora com inicial minúscula: >> os nomes de meses, como janeiro e outubro; >> os nomes de estações do ano, como primaverae outono. As formas fulano, sicrano e beltrano passam também a ser sempre escritas com inicial minúscula. Quando forem empregadas como nomes próprios, nos casos já previstos pelas regras até aqui usadas, estas palavras continuam, é claro, a escrever-se com letra inicial maiúscula: Pedro Inverno Martins, Rio de Janeiro. O uso de maiúsculas e minúsculas em português apresenta vários casos de opcionalidade, permitindo que em usos específicos se escrevam nomes comuns com letra inicial maiúscula para efeitos de destaque, reverência, ou outros. O Acordo Ortográfico de 1990 mantém esta tradição. Podem também ser escritos com maiúscula ou minúscula: >> os títulos de obras, após o primeiro elemento (As pupilas do senhor reitorou As Pupilas do Senhor Reitor); >> títulos de santos (santa Mónica ou Santa Mónica; são Nicolauou São Nicolau); >> domínios do saber, cursos e disciplinas (matemática ou Matemática; línguas e literaturas modernas ou Línguas e Literaturas Modernas); >> categorizações de logradouros públicos, templos ou edifícios (rua do Ouroou Rua do Ouro; avenida da Boavista ou Avenida da Boavista). Cada instituição, como um todo, ou cada indivíduo, no seu uso pessoal e profissional, deve preocupar-se em fazer um emprego uniforme das opções que tomar. Acentuação Desde 1945, não se usa em geral acento nas palavras que terminam em vogal <a>, <e> ou <o> e cuja sílaba tónica é a penúltima (palavras graves/paroxítonas). Algumas das exceções a esta regra que subsistiam deixam agora de existir, generalizando-se o princípio. É, assim, alterada a acentuação nos seguintes casos. pera, pelo São eliminados alguns acentos que serviam para distinguir palavras que têm pronúncias, significados ou funções diferentes mas que pela normal aplicação das regras gerais de escrita teriam a mesma grafia. A lista abaixo apresenta os casos que são afetados por esta alteração. pára (do verbo parar) -> para pêlo (nome) -> pelo péla (do verbo pelar), péla (nome) -> pela pólo (nome) -> polo pêra (nome), péra (nome) -> pera boia, asteroide É eliminado o acento no ditongo <oi>em palavras graves/paroxítonas. Tal como já acontecia em palavras como comboio, dezoito e boina, agora todas as palavras graves/paroxítonas com aquele ditongo, como asteroide, jiboia, joiaou paranoico, deixam de se acentuar. Importa não esquecer que esta regra apenas se aplica às palavras graves/paroxítonas; as palavras agudas terminadas em <oi>, como corrói, destrói, dói ou herói, continuam a escrever-se com acento gráfico. veem, releem É eliminado o acento nas formas verbais terminadas em <eem>: creem, deem, leem, reeme veem e seus derivados - isto é, todas as formas que têm como base esses verbos, como descreem, desdeem, reveemou releem. averigue, obliques É eliminado o acento na letra <u>dos poucos casos de terminações verbais gue(s), que(s), gui(s) e qui(s) que o tinham, como nos casos de averigúe -> averigue; obliqúe -> oblique; argúi -> argui; delinqúis -> delinquis. Importa ter em conta que formas como a da primeira pessoa do pretérito perfeito do indicativo do verbo arguir, arguí, tendo como vogal tônica a letra <i> - e não <u>, como enuncia a regra -, mantêm o acento gráfico. Consoantes mudas Tal como vem acontecendo nas últimas reformas ortográficas, continua, com esta, a tendência para se eliminarem as consoantes <c>e <p> que antecedem um <c>, um <ç> ou um <t> e não são pronunciadas com valor consonântico. direto, ator, rutura, ótimo Palavras como atual, selecionar, direção, anticoncecional, adoção ou ótimo passam a escrever-se sem a consoante <c> ou <p>que antes se escrevia mas nunca se pronunciava com valor consonântico. facto, convicto, adepto, erupção No entanto, os <c> e <p> dessas sequências não eram mudos em todas as palavras. Nos casos em que são produzidas, as consoantes <c> e <p> mantêm-se. Assim, continuaremos a escrever facto, apto, rapto, opção, friccionar e núpcias. sectorial ou setorial, caracteres ou carateres Num número reduzido de palavras que contêm estas sequências, existe variação na pronúncia, o que faz com que passem a existir duas variantes escritas aceites. É o caso de acupunctura ou acupuntura, caracteres ou caraterese eclíptico ou eclítico. Estes casos são raros e assemelham-se a muitos outros casos de variação já existentes (e que se mantêm) como o de ouroou oiro e louro ou loiro. Quando, em consequência das regras anteriores, se elimina o <p> nas sequências <mpc>, <mpç> e <mpt>, devemos ter em conta que o <m> passa a <n>, dado que deixa de se escrever antes de um <p>. Alguns dos raros casos em que tal acontece são os de assuncionista, consuntívele perentório. Uso do hífen Algumas regras de hifenização são clarificadas e sistematizadas com esta reforma. Podemos dividir as mudanças em três grandes grupos: as palavras que incluem unidades não autónomas, as palavras que se juntam a outras palavrase, por fim, o caso do verbo haver. eurodeputado, minissaia, antirrugas Unidades não autónomas + palavra (agro+pecuária = agropecuária) Uma das formas mais produtivas de formar palavras em português consiste na junção de unidades não autonómas (isto é, elementos que não são palavras independentes) a palavras, alterando-lhes o significado. Antes desta reforma, as regras que determinavam como se dava essa junção, utilizando ou não o hífen, eram difíceis de aplicar e geravam muitas dúvidas. Com o Acordo Ortográfico, os elementos deste tipo passam a escrever-se por princípio sempre junto à palavra a que se associam, sem hífen, como nos casos de antirrevolucionário, eurodeputado, psicossocial, telegénico ou ultraligeiro. No entanto, mantêm-se algumas exceções. Assim, os elementos de formação continuam a separar-se com hífen da palavra a que se associam quando: >> a palavra a que se juntam começa pela letra <h>: anti-histamínico, contra-harmónico; >> a palavra a que se juntam repete a letra com que terminam: araui-inimigo, micro-ondas; hiper-realismo; >> terminam com <n> ou <m>e a palavra a que se juntam começa por uma destas consoantes ou por vogal: circum-navegação; pan-nacional; >> terminam com <b> ou <d>e a sua aglutinação provoque uma leitura que não reflita a pronúncia da palavra: ad-rogar, sub-regulamentar; >> são: sota-, soto-, vice-, vizo-, grão-, grã-ou ex- (com o sentido de anterioridade): vice-presidente, grão-vizir, ex-marido; >> são acentuados graficamente: pré-reforma, pós-verbal. >> a palavra a que se juntam é um estrangeirismo, um nome próprio ou uma sigla: anti-apartheid, anti-Europa, mini-GPS. A regra que impede que se juntem elementos de formação a palavras que começam pela mesma letra não se aplica a prefixos átonos como co-, pre-, pro- e re-, em linha com o que tem sido tradição em português. Assim, mantêm a sua forma palavras como cooperante, reelege e preencher. Do mesmo modo, formas como desumano, inábil e reaver, em que tradicionalmente o prefixo não é separado da palavra a que se junta embora esta comece por <h>(que cai), também não passam a ser hifenizadas. fim de semana, mulher a dias Palavra + palavra Não se usa hífen em locuções de qualquer tipo. Do mesmo modo que já escrevíamos sem hífen outros tipos de locuções, agora também não o usamos nas locuções substantivas, isto é, no encontro de duas ou mais palavras que exercem a função de um nome, como nos casos de dia a dia, fim de semana, mulher a dias ou ponta de lança. Devem, no entanto, escrever-se com hífen as sequências que designem espécies botânicas ou zoológicas, mesmo que pela sua estrutura pudessem ser consideradas locuções. Assim, o correto é fava-de-santo-inácioe andorinha-do-mar. hei de, há de, hás de Verbo haver As formas do verbo haver com apenas uma sílaba hei, hás, há, hão deixam de ser ligadas por meio de hífen à preposição de que o verbo seleciona: hei de, hão de. A supressão do hífen nestes casos elimina mais uma exceção, uniformizando a escrita destas formas com a restante conjugação do mesmo verbo - havemos de, haveis de, haveriam de, etc. -, assim como com todas as formas verbais com uma sílaba que selecionam uma preposição, como nos casos de sais de, faz deou vem de. O emprego do hífen noutros casos em que duas ou mais palavras independentes se associam não sofre alterações. 3. O que não muda Apresentadas as principais mudanças, importa lembrar algumas referências presentes no texto do Acordo Ortográfico que não implicam alterações a escrita, que consistem em mudanças meramente formais, sem impacto no uso, ou que tendem a causar dúvidas. k, w,y As letras <k>, <w> e <y> passam a integrar oficialmente o alfabeto do português. Na prática, estas letras já eram utilizadas em alguns casos, mantendo-se o âmbito do seu uso inalterado: nomes de pessoas e seus derivados (Darwin, darwinismo), nomes de lugares e seus derivados (Kosovo, kosovar); siglas, abreviaturas e símbolos de convenção internacional (SW - por sudoeste -, kg - por quilograma -, ou K - por potássio) e palavras oriundas de línguas que não o português (baby-sitter, bowling ou karaoke). ü O trema continua a ser apenas usado em nomes próprios e nos seus derivados, como é o caso de Hübner e hübneriano ou Müller e mülleriano. Até esta reforma, este sinal tinha um uso mais alargado na norma ortográfica seguida no Brasil. Victor, Baptista, Mello, Tintas Activa, Seguradora Óptima Como aconteceu em anteriores reformas, as formas ortográficas que são alvo de registo ou proteção legal não têm que ser alteradas. É o caso dos nomes de pessoas e de marcas, firmas, sociedades e títulos que estejam inscritos em registo público. pode, pôde, por, pôr, amamos ou amámos Apesar de terem sido eliminados alguns acentos que serviam para distinguir palavras que pela aplicação normal das regras gerais se escreveriam do mesmo modo, mantém-se o acento em algumas palavras com essas caraterísticas. Continuam, deste modo, a distinguir-se graficamente através de acento gráfico as formas pode (presente do indicativo) e pôde (pretérito perfeito) do verbo poder, as formas demose dêmos, do verbo dar, e as formas por, preposição, e pôr, verbo. Da mesma forma, continuam a poder distinguir-sepor meio de acento as formas da primeira pessoa do plural do presente do indicativo e do pretérito perfeito dos verbos da primeira conjugação (terminados em -ar), como nos casos de amamosou amámos, do verbo amar, e falamos ou falámos, do verbo falar. andar-modelo, saca-rolhas, Trás-os-Montes, cabo-verdiano O uso do hífen nas palavras compostas mantém-se inalterado. É o caso dos compostos que internamente são formados por dois nomes andar-modelo ou operação-relâmpago, por um verbo e um nome conta-gotas ou guarda-fatos ou com os advérbios bem e mal bem--aventurado, mal-estar. Em muitos casos, nomeadamente aqueles em que uma palavra composta envolve um adjetivo, a utilização de hífen não é descrita sistematicamente, razão pela qual se aconselha a consulta do Vocabulário Ortográfico do Português. Mantém-se também o uso do hífen em unidades discursivas lexicalizadas ai-jesus, maria--vai-com-as-outras e em encadeamentos vocabularesocasionais aquilo-aue-eu-sei-gue-tu--sabes, o percurso Lisboa-Coimbra-Portoou o jogo Sporting-Benfica. As palavras que derivam de nomes de lugares com mais que uma palavra também continuam a escrever-se com hífen. É o caso de Mato Grosso > mato-grossense, Nova Iorque > nova-iorquino, Porto Alegre > porto-alegrense. No caso dos nomes de lugares compostos,continuam a ser hifenizados os iniciados pelos adjetivos grão e grã Grã-Bretanha, Grão-Pará, por forma verbal Abre-Campo, Passa-Quatro ou cujos elementos estejam ligados por um artigo Albergaria-a-Velha, Trás-os-Montes. |
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08/01/2016 22:01 |
Quadro-resumo tem hífen?
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![]() ![]() O uso do hífen se constitui uma das maiores dificuldades para aqueles que redigem textos na língua portuguesa. Quando estamos redigindo um relatório ou um texto qualquer, invariavelmente, surgem dúvidas relacionadas ao seu emprego, fato que contribui para a perda do foco do redator que se vê obrigado a pesquisar sobre o emprego do hífen, pois o corretor ortográfico do Word pode não detectar erro nas palavras que devem ser hifenizadas. Agora, em relação a pergunta, a resposta é sim. Neste caso, aplica-se a mesma regra para a hifenização da palavra data-limite. As regras de hifenização têm muitas exceções, mas repare que, no caso, trata-se de dois substantivos (o quadro, o resumo), e o segundo (o resumo) qualifica o primeiro (o quadro). Outros exemplos dessa regra são: palavra-chave, data-base, escola-modelo, etc. Evanildo Bechara, em seu consagrado livro Moderna Gramática Portuguesa, 37ª edição, de 2009, quando trata da hifenização das palavras compostas, apresenta a seguinte regra, na qual a palavra quadro-resumo se insere: Emprega-se o hífen nos compostos sem elemento de ligação quando o 1.º termo, por extenso ou reduzido, está representado por forma substantiva, adjetiva, numeral ou verbal: ano-luz, arco-íris, decreto-lei, és-sueste, joão-ninguém, médico-cirurgião, mesa-redonda, rainha-cláudia, tenente-coronel, tio-avô, zé-povinho, afro-asiático, afro-lusobrasileiro, azul-escuro, amor-perfeito, boa-fé, forma-piloto, guarda-noturno, luso-brasileiro, má-fé, mato-grossense, norte-americano, seu-vizinho (dedo anelar), social-democracia, sul-africano, verbo-nominal, primeiro-ministro, segunda-feira, conta-gotas, finca-pé, guarda-chuva, vaga-lume, porta-aviões, porta-retrato, etc. |
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08/01/2016 21:55 |
Por que a palavra concluído é acentuada graficamente
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![]() ![]() O adjetivo e particípio passado concluído não alterou sua grafia com o Acordo Ortográfico de 1990, vigente a partir de 2016, mantendo o acento agudo no i. As vogais tônicas grafadas i e udas palavras oxítonas e paroxítonas levam acento agudoquando antecedidas de uma vogal com que não formam ditongo e desde que não constituam sílaba com a eventual consoante seguinte. Observe a separação da sílaba do adjetivo e do verbo e verifique que essas condições são atendidas e, por isso, concluído é acentuado. Adjetivo Concluído Classe gramatical: adjetivo Flexão do verbo concluir no: Particípio. Separação das sílabas: con-clu-í-do Plural: concluídos Feminino: concluída Verbo concluirTipo do Verbo: irregular Infinitivo: concluir Gerúndio: concluindo Particípio Passado: concluído |
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08/01/2016 21:53 |
Regra simples para uso do hífen com prefixos de mais de uma sílaba
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![]() ![]() Até o Acordo Ortográfico que entrou em vigor em 2016, cada prefixo tinha suas regras quanto ao uso, ou não, do hífen em palavras que se formam com prefixo (como ARQUI, ANTI, SEMI, etc.). O Acordo Ortográfico unificou as regras, e agora o hífen só é usado antes de H e antes de palavra que comece com a mesma vogal do final do prefixo. Por exemplo, ARQUI-INIMIGO tem hífen porque INIMIGO começa com I, mesma letra final de ARQUI. E quando a palavra seguinte começa com R? Quando isso acontece, a união é SEM HÍFEN e o R é dobrado. O mesmo vale para o S. Exemplos: AUTORRETRATO, SEMIRRETA, ANTISSOCIAL... ARQUIRRIVAL se encaixa nesse caso, por isso se escreve com dois erres. Resumindo: só usamos hífen com prefixos de mais de uma sílaba e terminados em vogal, quando a palavra seguinte começa por H e vogal igual. Exemplos: contra-ataque, sobre-erguer, anti-inflacionário, micro-ondas, anti-hemorrágico, mini-hospital, sobre-humano, arqui-inimigo... Com as demais letras, devemos escrever tudo junto (sem hífen): autocontrole, contraceptivo, contraindicação, infraestrutura, antissocial, antebraço, minissaia, televendas, arquirrival... |
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08/01/2016 21:52 |
Acentuação e escrita da palavra superávit
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![]() ![]() Superávite (do latim superavit, cujo significado literal é "sobrou" , com o significado de "excedente") é um termo econômico com aplicações em diversas ciências e áreas. Em contabilidade, superávite é o termo genérico que se dá a uma conta de balanço de entidades com finalidades econômicas (direito privado) ou da administração pública que, em geral, corresponde à conta "lucro do exercício" dos balanços empresariais privados. Grafia no singular e no plural: o superávite ou os superávites; o superavit ou os superavit. A grafia é em itálico, quando escrito em latim (veja na imagem). |
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08/01/2016 21:51 |
Acentuação e escrita da palavra déficit
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![]() ![]() Grafia no singular e no plural: o défice ou os défices; o deficit ou os deficit. Veja mais em https://pt.wikipedia.org/wiki/D%C3%A9fice |
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25/07/2015 00:21 |
Regência do verbo visar
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![]() ![]() Visar (= dar o visto) Visar (= pretender) a, Bechara, Evanildo, Moderna Gramática Portuguesa, 37ª edição revisada, ampliada e atualizada, conforme o novo Acordo Ortográfico. Regras ensinadas nas escolas 1. Verbo transitivo direto (sem preposição) >> dar visto O funcionário já visou (deu visto) todos os cheques. >> mirar, olhar O arqueiro visou (mirar) o alvo e atirou. O professor visava (olhava) o aluno. 2. Verbo transitivo indireto (com a preposição a) >> desejar, almejar, pretender, ter em vista Muitos visavam (almejava) ao cargo. Ele visa (tinha em vista) ao poder. Notas: a) Quando é transitivo indireto, não admite o pronome lhe(s)devendo ser substituído por a ele(s), a ela(s). Assim, não se diz viso b) Quando é seguido por um infinitivo, a preposição a é geralmente omitida. Ele visava atingir o posto de comando. Leitura complementar1) Quanto à regência verbal, na lição de Artur de Almeida Torres, é transitivo direto nas acepções de pôr o sinal de visto em; apontar arma de fogo. >> Visar um passaporte. (Caldas Aulete). >> Visa sempre o mesmo alvo. (Mário Barreto). 2) Complementa tal gramático com a lição de que, no sentido de ter em vista um fim, dirigir os seus esforços para, tender, constrói-se como transitivo indireto, com a preposição a". >> Os conspiradores presos visavam provavelmente a estabelecer a internacional socialista" (Camilo Castelo Branco). 3) Ultima o referido gramático, com propriedade, que se observa, no Brasil, uma tendência a se usar do verbo visar sem preposição, mesmo como transitivo indireto, quando seguido de infinitivo. >> Esta doutrina é simplesmente didática e visa facilitar a aprendizagem dos verbos fortes" (Otelo Reis). 4) Cândido Jucá Filho lembra que, modernamente, tem sido esquecido o uso da preposição com esse verbo, trazendo ele exemplos de autores insuspeitos para corroborar seu ensino. >> Se visaram este alvo.. (Mário Barreto). >> Medidas que a minha administração visava... (Rui Barbosa). 5) De Arnaldo Niskier vem a seguinte advertência para os dias atuais: "O verbo visar, no sentido de ter por objetivo, rege, historicamente, a preposição a; entretanto, no português moderno, seu uso como transitivo direto já está mais do que difundido, sendo encontrado em bons autores, independentemente da palavra que o segue. Assim, devemos considerar as duas regências corretas, apesar do espernear daqueles que veem a língua como um cadáver conservado em formol". 6) Para esse seu emprego mais problemático, também assim leciona Domingos Paschoal Cegalla: "Na acepção de ter em vista, ter como objetivo, pretender, constrói-se geralmente com objeto indireto (preposição a); em tal acepção, todavia, admite-se a regência direta". 7) Em nota bastante apropriada para tal significado, observa Francisco Fernandes: "Neste caso o verbo visar regeu sempre complemento indireto, introduzido pela preposição a; modernamente, porém, é comum dar-se-lhe objeto direto, qualquer que seja sua acepção". 8) Não é outro o posicionamento de Celso Pedro Luft, para quem, "Nesta acepção, a regência primária é transitivo indireto, correspondendo à construção visar a; todavia, por causa da semântica buscar, procurar, pretender, passou a aceitar também a transitividade direta, dispensando a preposição, o que se deu, de início, principalmente com o infinitivo". O ataque visava cortar a retaguarda da linha de frente" (Euclides da Cunha). 9) Nesse sentido de ter por fim ou objetivo, nos textos de lei, tal verbo, de um modo geral, aparece com sua construção clássica com objeto indireto com a preposição a (visar a alguma coisa), mas também há casos de sintaxe com objeto direto (que pode aparecer como sujeito da voz passiva), correspondendo à construção visar algo. "A União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios dispensarão às microempresas e às empresas de pequeno porte, assim definidas em lei, tratamento jurídico diferenciado, visando a incentivá-las pela simplificação de suas obrigações administrativas..." (CF/88, art. 179). "Subordinando-se a eficácia do ato à condição suspensiva, enquanto esta se não verificar, não se terá adquirido o direito, a que ele visa" (CC/1916, art. 118). "Quando a lei dispõe sobre as condições de validade substancial ou formal de quaisquer fatos ou sobre os seus efeitos, entende-se, em caso de dúvida, que só visa os fatos novos..." (CC português, art. 12º, 2). "As penas aumentam-se de um terço, se ocorre qualquer das hipóteses previstas no § 1º, nº 1, do artigo anterior, ou é visada ou atingida qualquer das coisas enumeradas no nº II do mesmo parágrafo" (CP, art. 251, § 2º). 10) Tradicionalmente, o verbo visar, no sentido de objetivar, almejar, era transitivo indireto, ou seja, exigia preposição. Modernamente, porém, com base em autores insuspeitos, pode-se afirmar, com segurança, que esse verbo, no mencionado sentido, pode ser tanto transitivo indireto (usado com a preposição a) como transitivo direto (usado sem preposição). Desse modo, estão corretos ambos os seguintes modos de expressão: "... visando orientar decisões..."; "... visando a orientar decisões...". Exemplos de uso Serão aprovadas dez propostas, que devem visar o estímulo ao lançamento de mais filmes brasileiros no exterior e apoiar os distribuidores que já trabalham com estes filmes a obterem melhores resultados. Folha de São Paulo, 09/07/2009 O governo diz visar o fim de monopólios e ampliar a democracia, garantindo a exploração de meios de comunicação de massa a setores sem interesse comercial, como igrejas, universidades, ONGs e sindicatos. Folha de São Paulo, 13/09/2009 As negociações pela compra de 36 aviões de caça ao Brasil devem visara autonomia de transferência de tecnologia no processo da escolha da empresa fornecedora das aeronaves, segundo o coronel José Roberto, coordenador da Esac (Escola Superior de Aviação Civil). Folha de São Paulo, 14/09/2009 |
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25/07/2015 00:16 |
Regência do verbo atender
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![]() ![]() O verbo "Atender"pode ser: Intransitivo:
Transitivo Indireto no sentido de levar em consideração o que alguém diz:
Nos demais sentidos, há controvérsias, havendo quem diga que é facultativo o uso da preposição após o verbo "Atender". Entretanto, prefira seguir a regra a seguir ao redigir seus textos: Atender alguém - Transitivo Direto(sem preposição):
Atender alguma coisa - Transitivo Indireto(preposição a)
Obs.: Atender não aceita, como complemento, o pronome lhe(s), exigindo o(s) e a(s).
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25/07/2015 00:15 |
Regras práticas para grafia e emprego dos porquês
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![]() ![]() 1) Separado e com acento circunflexo (por quê) Quando constitui o último elemento da frase. Caso surja no final de uma frase, imediatamente antes de um ponto (final, de interrogação, de exclamação, etc..) ou de reticências, a sequência deve ser grafada por quê, pois, devido à posição na frase, o monossílabo que passa a ser tônico. Eles se inscreveram, por quê? Ela está chorando sem saber por quê. Estudei bastante ontem à noite. Sabe por quê? Será deselegante se você perguntar novamente por quê! Tudo é proibido, e eles não têm nenhuma ideia por quê e não lhes ocorre levantar a questão. (Freud - Totem e tabu e outros trabalhos) 2) Separado e sem acento (por que) a) Quando numa interrogação diretaou indireta não se acha no fim da frase. Por que você não se manifestou antes? Quero saber por que não aceitaram meu aval. Desejo saber por que você voltou tão tarde para casa. Por que você comprou este casaco? Por que, pode-se perguntar a essa altura, devemo-nos preocupar a tal ponto com esse enigma do tabu? (Freud - Totem e tabu e outros trabalhos) b) Há casos em que por querepresenta a sequência preposição por + pronome interrogativo que, equivalendo a pelo qual, pela qual, pelos quais, pelas quais, por qual razão, por qual motivo. Estes são os direitos por que estamos lutando. O túnel por que passamos existe há muitos anos. Ignoro o motivo por que (= pelo qual) se atrasaram. As ruas por que (= pelas quais) passei estavam alagadas. A questão do motivo por que (= pela qual)a atitude emocional para com os governantes inclui um elemento inconsciente de hostilidade tão poderoso levanta um problema muito interessante, mas que se situa fora dos limites do presente estudo. (Freud - Totem e tabu e outros trabalhos) 3) Junto e sem acento (porque) Quando é conjunção coordenativa explicativa ou subordinada causal. Equivale a pois, visto que, já que, uma vez que, por causa de que, como ocorrendo principalmente, em respostas. Costuma ser utilizado em respostas, para explicação ou causa. Corram, porque a chuva não vai demorar. Devem ter viajado, porque o portão está chaveado. Vou ao supermercado porque não temos mais frutas. Você veio até aqui porque não conseguiu telefonar? Pode parecer que descobrimos assim os motivos que levaram os nativos australianos a estabelecer suas restrições matrimoniais, mas vamos agora saber que o estado de coisas real revela uma complexidade muito maior e, à primeira vista, desconcertante, porque (visto que) existem poucas raças na Austrália em que a barreira totêmica constitua a única proibição. (Freud - Totem e tabu e outros trabalhos) 4) Junto e com acento circunflexo (porquê) A forma porquê representa um substantivo. Significa causa, razão, motivo e normalmente surge acompanhada de palavra determinante, como um artigo, por exemplo. Tudo na vida tem o seu porquê (= motivo). Ele deve ter os seus porquês (= motivos) para agir assim. Não consigo entender o porquêde sua ausência. Existem muitos porquêspara justificar esta atitude. Você não vai à festa? Diga-me ao menos umporquê. Resta-nos dar uma explicação dinâmica do (de = o) porquê de o ego adormecido se dar o trabalho da elaboração onírica. A explicação, felizmente, é fácil de encontrar. (Freud - Moisés e o monoteísmo Esboço de psicanálise) |
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25/07/2015 00:14 |
Emprego da crase (Super-resumo)
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![]() ![]() 1. Conceitos Regra Geral: acentua-se a preposição aquando, substituindo-se a palavra feminina por uma masculina, o a torna-se ao. A crase pode resultar: a) Da contração da preposição a com o artigo definido a. Assisti à (a + a) sessão inaugural. b) Da contração da preposição a com o pronome demonstrativo a. Não me refiro a essas caixas mas às(a + as = a + aquelas) que estão na prateleira. c) Da contração da preposição a com o ainicial do pronome demonstrativo aquele (aqueles, aquela, aquelas, aquilo). Não deverias ter faltado àquela(a + aquela) reunião. Observação O pronome aquele (e variações) e também aquilo e aqueloutro (e variações) podem receber crase no a inicial, desde que haja um verboou um nome relativo que peça a preposição a. 2. Soluções práticas O problema da crase pode ser resolvido mediante a aplicação dos seguintes artifícios: 2.1. Para os substantivos comuns Se, ao trocar o feminino por um masculino qualquer, aparecer a combinação ao, devemos crasear o a que antecede o feminino. Fomos à cidade (aocentro) comprar mantimentos. 2.2. Para nomes de lugar Troque a preposição apor para, de ou em e observe. Se der para a, daou na, é necessário crasear o a que foi substituído. Se der para, de ou em, não devemos crasear o a substituído. Com crase Pretendo ir à (para a) Europa. Fui à (estive na) Guanabara. Sem crase Chegamos a (voltamos de) Fortaleza. Pretendo ir a (para) Curitiba. Observação Para saber se existe ou não crase neste caso, é possível usar as frases a seguir: Quem vai a e volta da, tem crase. Quem vai a e volta de, não tem crase. Vou à Holanda. (Volta daHolanda.) Foi à Jordânia. (Voltou daJordânia.) Irei à Suiça. (Voltou daSuiça.) Foi a Israel. (Voltou deIsrael.) 3. Regras de verificação Para saber se a crase é aplicável, ou seja, se devemos usar a contração à em vez da preposição a, usamos uma das regras de verificação: 1) Substitui-se a preposição a por outra preposição, como em ou para. Se, com a substituição, o artigo definido apermanecer, então a crase é aplicável. Pedro viajou à Região Nordeste. Com crase, porque equivale a Pedro viajou para aRegião Nordeste O autor dedicou o livro a sua esposa. Sem crase, porque equivale a O autor dedicou o livro para sua esposa. 2) Troca-se o complemento nominal, após a, de um substantivo feminino para um substantivo masculino. Se com a troca for necessário o uso da combinação ao, então a crase é aplicável. Prestou relevantes serviços à comunidade. Com crase, porque ao se trocar o complemento - Prestou relevantes serviços ao povo - aparece a combinação ao. Chegarei daqui a uma hora Sem crase, porque ao se trocar o complemento - Chegarei daqui a um minuto – não aparece a combinação ao. Observação A crase não ocorre antes de: a) palavras masculinas, b) antes de verbos, c) pronomes pessoais, d) de nomes de cidade que não utilizam o artigo feminino, e) da palavra casa quando tem significado do próprio lar, f) da palavra terra quando tem sentido de solo, g) expressões com palavras repetidas (dia a dia). 4. Crase com pronomes adjetivos possessivos a) No singular, é facultativa. Pediu flores à/a minhafamília. b) No plural, a crase é obrigatóriase, além da preposição a, aparecer o o artigoas (a + as = às). Se aparecer somente a preposição a, não haverá crase. O cônsul enviou várias cartas àssuas filhas. (a + as = às). O cônsul enviou várias cartas a suasfilhas. (a). 5. Crase com nomes próprios personativos Diante de nomes próprios pesonativos do gênero feminino, a crase é facultativa. Diga à/a Maria que estamos esperando. 6. Crase inexistente Tendo por princípio que a palavra àé o feminino de ao, não existe crase onde também não cabe o uso de ao. Portanto, não se usa o sinal de crase nos seguintes casos: a) Antes da palavra casa no sentido de lar, domicílio, quando não acompanhada de adjetivo ou locução adjetiva. Voltamos a casa(Saímos de casa) contentes. Mas, Ela foi à casa das Bonecas. b) Antes da palavra terra usada em oposiçãoa mar, ar e bordo. Ainda hoje chegaremos a terra. Mas, a) No sentido de terra natal ou planeta, sempre ocorre crase. O astronauta voltou à Terra. b) No sentido de chão firme, oposto de bordo, só ocorre crase quando vier acompanhada de um modificador. Os jangadeiros chegaram à terra procurada. Ele voltou à terra dos avós. c) Antes de palavra masculina, exceto quando estiver subentendida a expressão à moda de ou à maneira de. Falaram a respeito de você. A punição fica a critério do chefe. Mas, Tens um estilo à Jorge Amado. Observação A contração à pode surgir também com a elipse (omissão de uma ou mais palavras sem prejudicar a clareza da frase) de expressões como à moda (de), à maneira (de). É este o único caso em que à se pode usar antes de um nome masculino. arroz à grega à maneira grega filé à Chatô à moda de Chatô d) Antes de pronome pessoal. Contaram tudo a ela. e) Antes de expressões de tratamento. Respondemos aVossa Senhoria em maio. Observação O pronome de tratamento Senhoraadmite crase, pois não se trata de uma expressão ou locução de tratamento. Quando falei, não me referi à Senhora. f) Antes dos pronomes demonstrativos este (esta, estes, estas, isto) e esse (essa, esses, essas, isso). Não dou importância a essas teorias arcaicas. Observação Os pronomes demonstrativos de terceira pessoa aquele, aquela, aqueles, aquelas podem levar crase. Entreguei as chaves àquelamulher. g) Antes dos pronome indefinido. Atendemos aqualquer hora do dia. h) Antes dos artigo indefinido. Estou falando a uma platéia seleta. i) Antes do infinitivo. Estou disposto a colaborar com a turma. j) Entre palavras repetidas (expressões tautológicas: Repetição inútil da mesma ideia.idéia.ideia em termos diferentes). Ficamos frentea frente. Observação Existem as seguintes exceções: É preciso declarar guerra à guerra! É preciso dar mais vida à vida! k) Quando o a está no singular (preposição pura) e a próxima palavra no plural. Ou seja, antes de plural sem o emprego do artigo definido as. Prendeu-se aquestões de pouca importância. a brilhantes cientistas. a problemas. l) Antes dos pronomes relativos que, quem e cujo. Não me lembro do processo a que te referes. Observação Antes do pronome relativo que, ocorrerá crase quando o a equivaler à contração da preposiçãoa com o pronome demonstrativo a (= aquela). Estas cadeira são iguais às (a + as = a + aquelas) queestão na sala ao lado. m) Antes da palavra distância, salvoquando se trata de distância determinada. Fiquem a distância. Mas, Vê-se um barco à distânciade oitocentos metros n) Antes de verbos. Preços a combinar. o) Antes de numerais. De 100 a 1.000. Encontramos o produto numa faixa de preço que vai de R$120,00 a R$ 150,00. p) Após o uso de preposições. Ante a descoberta o cientista gritou. Após a voz de prisão o bandido entregou os comparsas. Contra a ação do governo, João realizou um protesto. q) Antes de topônimos (nome próprio de um lugar, sítio ou povoação. ex.: Lisboa, Brasil, Nampula) de cidades que não admitem a: Vou a Salvador. Vou a Lisboa. Vou a Madri. Observação Para verificar se tem crase, fazermos a seguinte substituição: Estou na ou vim da (vai crase); Estou em ou vim de (não vai crase). Vou a Brasília. Estou em Brasília. Vim de Brasília.(não vai crase) Estou na Brasília. Vim da Brasília.(não concorda). Vou a Bahia. Estou em Bahia. Vim de Bahia.(não vai crase) Estou na Bahia. Vim da Bahia.(concordae então vai crase). 7. Crase com locuções Ocorre crase: a) Nas locuções adverbiais femininasiniciadas por as. Faremos tudo às claras. b) Nas locuções que indicam hora determinada. Saí de casa àsquatro horas. c) Nas locuções prepositivasformadas por palavra feminina. Vimos à procura de informações mais seguras. d) Nas locuções conjuntivasformadas por palavra feminina. À medida que o tempo passa, fico mais nervoso. 8. Crase facultativa A crase é facultativa nos seguintes casos: a) Antes de nome próprio feminino. Refiro-me à/a Fernanda. b) Antes de pronome possessivo feminino. Dirija-se à/a suafazenda. c) Depois da preposiçãoaté. Dirija-se até à/aporta. ande para (a) direita |
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25/07/2015 00:14 |
Emprego do hífen: super-resumo hipercondensado
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![]() ![]() Conceito É usado para ligar elementos de palavras compostas, para ligar pronomes enclíticos e mesoclíticosaos verbos e para indicar a silabação textual (divisão silábica no final de linha). Ou, noutro conceito, é o sinal gráfico (-) deseparação de elementos de umcomposto, de alguns prefixos, de sílabas em fim de linha e deligações enclíticas ou mesoclíticas. Então, serve para: a) para ligar as partes de adjetivo composto: verde-claro, azul -marinho, luso-brasileiro; b) para ligar os pronomes mesoclíticos ou enclíticos: amá-lo-ei, far-me-á, dê-me, compraram-na; c) para separar as sílabas de uma palavra, inclusive na mudança de linhas: a-ba-ca-xi, se-pa-ra-do. Emprego Na tabela abaixo, estão sumarizadas as regras para o seu emprego. Agora, você nunca mais terá dúvidas em relação ao seu emprego.
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25/07/2015 00:14 |
Fonemas e letras
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![]() ![]() Fonemas e letras Fonemas: são os sons fundamentais e diferenciadores da fala. Letras: são os sinais gráficos que representam os fonemas. O ideal seria que houvesse correspondência perfeita entre letras e fonemas, ou seja, que cada letra representasse apenas um fonema, ou ainda, que cada fonema fosse representado por apenas uma letra. Isto não ocorre, tanto em português como em outras línguas. Situações possíveis 1. A mesma letra pode representar diversos fonemas. Letra s pode representar os fonemas zê e sê. casamento cazamento subir subir Letra c pode representar os fonemas sê e k (quê) cedo cedo caso kaso 2. Várias letras podem representar o mesmo fonema. O fonema zê pode ser representado pelas letras s, x, z casa caza exame ezame crueza crueza 3. Uma letra pode representar a combinação de dois fonemas. A letra x pode representar o k (quê) e sê. fixo ficso axila acsila 4. Duas letras podem representar um único fonema. O fonema sê pode ser representado pela letras ss ou xc. posse poce exceto eceto 5. Uma letra pode não representar nenhum fonema. hoje oje haver aver |